Eclesiastes 6.1-2; 7.1-3
Quando as emoções ficam confusas, a mente não consegue pensar bem. É preciso ser direito para pensar bem.
Um homem que havia levado uma vida moralmente correta permitiu que a autopiedade justificasse seu caso com outra mulher, porque as relações sexuais com a esposa eram insatisfatórias. “Eu fiz o que qualquer homem teria feito nas mesmas circunstâncias”, respondeu ele quando eu lhe disse que ele deveria ter se mantido fiel aos votos conjugais. Ele se justificou dizendo que outros homens teriam feito o mesmo. Mas essa justificativa não fez seu rosto brilhar nem aliviou seu conflito interior. Ele era uma guerra civil, e seu rosto mostrava isso.
As palavras da teóloga Leslie Weatherhead (1893–1976) vão direto ao ponto: “Sim, a vida funcionará apenas de um modo, e esse é o caminho de Cristo. Há um precipício no final de todas as outras estradas. Quebrados, feridos, desiludidos, desesperados, sabemos então que, de nós mesmos e em nós mesmos, não há esperança de encontrar algo que não seja o inferno de um grande desespero. Fora de Deus só há morte. Quem me dera convencer o leitor disso antes que ele o descubra por si mesmo”.*
E, ainda assim, vamos longe em busca de justificativa para caminhos errados. Uma mulher, escrevendo a um homem casado, sugeriu que ele se envolvesse com outra, uma vez que seu relacionamento com a esposa não ia bem. Ela disse que Jesus teria aprovado essa relação extraconjugal, visto que ele disse à mulher apanhada em adultério: “Eu também não a condeno”. Ela parou antes da última parte: “Agora vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8.11). Ela estava preparada para profanar a santidade com o intuito de justificar o impuro. Um médico diz aos seus pacientes: “Seu cérebro é o motorista. Se o cérebro se embebedar com uma ideia errada, você acabará em uma vala”. A ideia errada é que você pode desfrutar do sexo contrariando a vontade de Deus.
“Homem de Deus, há morte na panela!”, disse um discípulo a Eliseu quando ele estava prestes a comer ervas venenosas. Eliseu jogou um pouco de farinha na panela, e “já não havia mais perigo no caldeirão” (2Rs 4.40-41). Há morte em cada panela – ego, sexo, grupo – até que a farinha da vontade de Deus seja misturada. Então não há mais nada errado com seu conteúdo; pode ser comido com segurança.
Ó Cristo, tu purificaste tudo, especialmente o sexo. Então te apresento minha vida sexual – tão clamorosa, tão pronta a se perder. Onde falhei sozinho, contigo posso ter êxito e fazê-lo gloriosamente. Amém.
Afirmação do dia: “Revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne” (Rm 13.14).
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Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.
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