Pensem no navio: grande como é, empurrado por ventos fortes, ele é guiado por um pequeno leme e vai aonde o piloto quer. (Tg 3.4)
Tiago é muito feliz nas ilustrações do freio e do leme. Estes são instrumentos tão pequenos quanto a língua e tão capazes quanto ela.
O leme é indispensável na navegação marítima e aérea. É o dispositivo instalado na popa de uma embarcação ou na cauda de uma aeronave simplesmente para dar-lhes direção. No caso de um submarino, há dois lemes, o leme horizontal que governa o rumo e o leme vertical que governa a profundidade.
Tiago deveria conhecer as expressões ter o leme (governar, administrar, dirigir) e perder o leme (ficar sem saber o que fazer, desorientar-se).
O navio a vela pode ser muito grande e os ventos podem ser muito fortes, mas o marinheiro que segura o leme leva a embarcação para onde ela deve ir.
O crente precisa aprender a arte de fechar os lábios, de tapar a boca com as duas mãos, de colar a língua no céu da boca, de ficar tão mudo como Zacarias. Nem sempre, mas mais vezes do que pensa. Torrentes de baboseiras, futricas, palavras frívolas e coisas do gênero estão sempre à porta da língua para serem derramadas. A tranca tem de ser fechada no momento certo e pelo espaço de tempo necessário. Mas quando o que está à porta são palavras sábias e abençoadoras, a tranca deve ser aberta de par em par, sem perda de tempo. É nesse sentido que Tiago compara a língua com o leme de um navio que dita o rumo que ele deve tomar.
O verdadeiro sucesso é não perder o leme nunca!
Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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