Vá, pois eu vou enviá-lo para bem longe. (At 22.21)
O Senhor da Seara revelou a Ananias o seu propósito acerca do recém-convertido Saulo: “Eu vou enviá-lo para bem longe” (22.21). Não a Betânia, um lugarejo a três quilômetros de Jerusalém, nem a Belém, ali mesmo na Judeia (a oito quilômetros), nem a Jericó, nas proximidades do rio Jordão (a 29 quilômetros), nem a Samaria, antiga capital do reino do norte de Israel (a 68 quilômetros). O plano de Deus era enviar Paulo para bem longe, no caso, para a ilha de Chipre, para a Ásia Menor, para a Macedônia e Acaia e para a Itália, o que ele fez em suas quatro viagens missionárias.
Para muitas famílias de missionários e para os próprios missionários, esse “bem longe” de Jesus assusta. Todavia, Francisco Xavier em 1549 deixou a Espanha e foi para a Índia, Malásia, Indonésia e Japão; Matteo Ricci em 1583 deixou a Itália e foi para a China; Leonhard Dobber em 1732 deixou a Alemanha e foi para St. Thomas, nas Ilhas Virgens; William Carey em 1793 deixou a Inglaterra e foi para a Índia; David Livingstone em 1841 deixou a Escócia e foi para a África; Lottie Moon em 1873 deixou os Estados Unidos e foi para a Nigéria; Mary Slessor em 1876 deixou a Escócia e foi para a China; Adoniram Judson em 1812 deixou os Estados Unidos e foi para a Índia.
A ideia de anunciar o evangelho “bem longe” não é nova. O profeta Isaías chama a atenção para esse antigo propósito de Deus: “Os homens que escaparem do meu julgamento serão enviados como meus mensageiros […] até às terras mais distantes do mundo, que nunca ouviram falar de mim, nem viram a minha glória” (Is 66.19, NBV).
O profeta garante que o Servo do Senhor “não deixará de brilhar e ficará firme até que a justiça e a verdade sejam cumpridas em toda a terra, até que os povos mais distantes, além dos mares, confiem nele” (Is 42.4, NBV).
Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
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