Com o coração vibrando de boas palavras recito os meus versos em honra ao rei. (Sl 45.1)
“Com o coração vibrando de boas palavras”, assevera o salmista, “recito os meus versos em honra ao rei” (Sl 45.1).
Com o coração vibrando, e não com o coração seco e frio, que não manifesta convicção, entusiasmo e ternura. Se não for com o coração vibrando será da boca para fora, não de dentro para fora. Será, então, mera repetição e fria formalidade.
Quem declama com o coração vibrando, quem ora com o coração vibrando, quem canta com o coração vibrando, quem prega com o coração vibrando se desgasta muito menos e faz muito mais do que aquele que declama, canta, prega e ora sem paixão.
O que provoca e alimenta o transbordamento da alma é a quietude diante de Deus, a intimidade com Deus, a colocação continuada da Palavra de Deus nas entranhas do ser, o acúmulo de convicções e certezas, a despensa interior cada vez mais cheia, o amor inquieto que não quer ser represado, o aquecimento contínuo, os laços do amor, a erupção do fervor que não pode ser contido.
Os cânticos de Moisés (Êx 15.1-21), de Ana (1Sm 2.1-10), de Maria (Lc 1.46-55), de Zacarias (Lc 1.68-79), de Paulo (Rm 11.33-36) e o de muitos outros foram entoados “com o coração vibrando de boas palavras”!
Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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