Herodes, vendo a Jesus, sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; esperava também vê-lo fazer algum sinal. (Lucas 23.8)
As pessoas rapidamente ficam eufóricas diante de novidades e oportunidades, mas também se frustram na mesma velocidade. O novo fica velho e com o tempo, e o que era uma oportunidade perde o encanto. A expectativa cede lugar à mesmice do cotidiano.
Herodes parece ter vivido um momento assim. Estando de passagem por Jerusalém, ele tem um encontro marcado com Jesus. Ele fica eufórico com essa oportunidade; ouvira falar do poder de Jesus e queria ver algum sinal espetacular. No entanto, assim como podemos nos decepcionar com o que esperávamos muito, Herodes se decepciona. Jesus não satisfaz a expectativa do governador da Galileia, ainda que este tenha insistido muito. Herodes, por fim, trata Jesus com desprezo. Os que querem apenas ver sinais e milagres geralmente se frustram em sua caminhada cristã. Há aqueles que sentem uma alegria inicial com Jesus, mas que é eliminada pela angústia e pela perseguição quando vêm as provações (Mt 13.21).
Muita gente se aproximou de Jesus por causa dos seus sinais, e mesmo vendo sinais e milagres não encontraram nisso a salvação de suas almas. Jesus fala da perdição eterna de cidades inteiras que viram maravilhas e não se converteram (Mt 11.20-24).
Muitos de nós querem a bênção, o milagre, a resposta, o benefício e não o discipulado, e não o carregar a cruz. No entanto, o reino de Deus não vem com visível aparência; não precisamos ver para crer. É feliz aquele que crê sem ter visto qualquer sinal externo. A fé madura repousa no invisível não no que se vê (Hb 11.1). Deus pode fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, mas a nossa alegria não depende de sinal ou milagre algum.
Obrigado, Senhor, porque na minha incredulidade abriste meus olhos para que visse o invisível, e em Jesus me concedes bênçãos sem medidas, agora e na eternidade.
Retirado de Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação. Editora Ultimato.
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