Se tudo que temos de Cristo serve apenas para alguns poucos anos de vida, coitados de nós. (1Co 15.19)
A nossa esperança em Cristo tem de incluir escatologia, os fatos previstos para tempos ou épocas que ainda não chegaram. Há muita gente que perdeu o entusiasmo, que não entende mais nada, que está prestes a naufragar na fé simplesmente porque se negou a tomar conhecimento das coisas que devem acontecer. O enredo só se completa com os últimos capítulos. A escultura só tem valor com os retoques finais.
Perdeu-se a noção de que “ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1). Em consequência, tem-se a impressão de que isto aqui é terra de ninguém. Esqueceu-se gradativamente de que o homem é mordomo e Deus é proprietário. Não se crê no direito de posse, numa autoridade superior, na possibilidade e necessidade de uma intervenção da parte do dono da casa ou dono da vinha, expressões bíblicas que se referem a Jesus Cristo (Mc 12.9; 13.35).
É da vontade de Deus que os cristãos guardem “a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 1.13). A promessa é que “Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para salvação” (Hb 9.28). Afinal, ele é o dono da casa e a casa está em tal balbúrdia que exige sua presença. “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã” (Mc 12.35).
Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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