Choro dia e noite e as lágrimas são o meu alimento. (Sl 42.3)
Boa parte da tristeza provém da desordem do homem. O nosso mundo é um mundo triste. A terra está cheia de violência, egoísmo, injustiça, guerra, crime, dor, morte. Sem outra influência, o homem adoece e morre de tristeza. Chega a amaldiçoar o dia de seu nascimento: “Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza, e para que se consumam de vergonha os meus dias?” (Jr 20.18).
É curioso observar que Jesus chorava quando, montado sobre um jumentinho novo, entrou em Jerusalém, apesar da tremenda ovação do povo. Ele estava triste, a ponto de se comover, porque a cidade não atentou para a oportunidade que Deus lhe dera e, por esta razão, seria arrasada (Lc 19.41-44).
O apóstolo Paulo dizia-se dono de “grande tristeza e incessante dor no coração” por causa da incredulidade dos judeus (Rm 9.2). E Neemias, quando copeiro do rei Artaxerxes, estampou no rosto a tristeza que tinha no coração, em vista de notícias de guerra e destruição, envolvendo parentes e lugares sagrados (Ne 2.1-3). Parece que o redator de O Jornal Batista, no dia 18 de outubro de 1923, estava meio tristonho ao participar o nascimento de duas crianças: “Chegaram a este vale de lágrimas os seguintes inocentes […]”.
O mundo não nos oferece saídas reais para a tristeza.
Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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