Lucas 11.11-13; Efésios 6.18; Judas 20-21
Há quem acredite que a oração é um bom exercício, uma boa autossugestão, mas que não é realidade. Suponha que fosse apenas autossugestão – ainda valeria a pena, pois seria uma boa autossugestão. Ela nos sugeriria o que há de mais elevado, isto é, que há propósito no universo, um bom propósito, que você pode se aliar a essa bondade propositada e viver por ela. Isso é muito melhor em seus resultados psicológicos do que se você sugerisse a si mesmo que não há propósito por trás do universo e que todo o processo não está levando a lugar algum, exceto ao completo desespero – uma má autossugestão com resultados ruins. Se a oração fosse apenas autossugestão, eu ainda assim oraria. É uma hipótese melhor com melhores resultados. Mas eu acharia difícil orar por muito tempo, pois não podemos nos entregar a uma irrealidade. Não quero viver em um paraíso se ele, por fim, for um paraíso para tolos. Mas como a oração poderia ser irreal, se os seus resultados são tão reais? “Seu semblante mostra que ele é um homem de oração”, foi dito acerca de um cristão. Aqueles que oram têm não só um semblante melhor; eles têm uma vida melhor por trás do semblante – mais poder, mais pureza, mais paz, mais equilíbrio.
Ao falar com Deus, não se perde fôlego. Fale!
Ao andar com Deus, não se perde energia. Ande!
Ao esperar em Deus, não se perde tempo. Espere!*
“Abandonei meu tempo de silêncio e sofri derrotas”, disse um missionário que retornou da China. Derrota na oração significa derrota na vida prática. Mackenzie King, antigo primeiro-ministro do Canadá, afirmou: “Posso exercer minhas funções com confiança e equilíbrio quando passo um tempo em silêncio com Deus todos os dias”. Certa jovem teve vários colapsos nervosos e estava à beira de ter outro; ela foi ao médico e ficou surpresa com as palavras dele: “Jane, eu não sei o que fazer por você. É melhor você ir para casa, se pôr de joelhos e orar”. Foi o que ela fez, e se levantou uma nova pessoa. “Mãe, não foi estranho ele dizer isso para mim?”, perguntou à mãe. Não, não foi, pois a experiência havia mostrado ao médico, embora cético, que algo acontece na oração – algo real.
Ó Cristo, sei que tu és o melhor caráter que já viveu, e tu oravas. A irrealidade poderia ter criado a ti, o único Real? Então ensina-me o teu segredo, ajuda-me a saber – de fato. Amém.
Afirmação do dia: “Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus” (Sl 43.5).
*Anônimo, “To talk with God”.
Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.
Deixe seu comentário: