Hoje, não vemos as coisas com clareza. Estamos como que num nevoeiro, enxergando com dificuldade por entre a neblina. Mas isso não vai durar muito. O tempo vai melhorar, e o Sol vai aparecer! Então veremos tudo tão claramente quanto Deus nos vê, conhecendo-o diretamente, assim como ele nos conhece! (1Co 13.12)
Há coisas encobertas ou escondidas e coisas reveladas. As primeiras pertencem a Deus e as segundas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre. O propósito das coisas não escondidas é que as conheçamos e as ponhamos em prática (Dt 29.29).
Este é mais um traço da soberania de Deus: ele mostra o que quer, quando quer e a quem quer.
Compete ao homem fazer o melhor uso possível das coisas reveladas. Elas são suficientes para se conhecer a Deus e para se chegar a ele. No entanto há hoje muitas coisas que o homem não conhece e quer saber. Algumas dependem da maturidade espiritual. A leitura proveitosa da Bíblia inclui meditação, contemplação, investigação, conciliação de textos, busca perseverante, despojamento, humildade, fé e disposição para atender o que ela reclama. Daí a oração do salmista: “Desvenda os meus olhos para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18). Mesmo as coisas não encobertas, Deus as revela progressivamente. Aos discípulos Jesus adiantou: “Tenho muitas coisas para dizer, mas isso seria demais para vocês agora” (Jo 16.12).
Hoje o cristão vive entre o “eu sei” e o “eu não sei”. Jó não sabia entender a razão de seu sofrimento, mas declarava confiante: “Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). Paulo nunca soube se o seu arrebatamento ao terceiro céu foi no corpo ou fora do corpo (2Co 12.2-3), mas afirmava: “Eu sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2Tm 1.12).
A plenitude do conhecimento existe. É uma agradável esperança, que pode e deve ser alimentada.
Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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