Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. — João 3.19
Para nós, Deus pode parecer irado neste versículo. Ele se assemelha a um juiz injusto, duro e severo. Entretanto, o que Deus está dizendo aqui é: “Agora, então, cancelarei os encargos contra você. Você não terá mais que se lamentar. Certamente você pecou e, por isso, recebeu meu julgamento. Mas seu pecado será perdoado. A pena de morte será removida. Eu não mais me lembrarei da pecaminosidade do mundo – o pecado no qual as pessoas nasceram e viveram. Tudo está decidido. Não olharei para o seu pecado novamente. Simplesmente creia em meu Filho”.
O que está faltando? Por que o julgamento ainda paira sobre nós se o Filho já removeu os nossos pecados? Esse julgamento permanece porque as pessoas rejeitam a Cristo, o Filho de Deus.
Suponha que um médico esteja tratando de uma pessoa enferma, a quem ele sabe que pode ajudar. Suponha que ele tenha prometido fazer a dor do seu paciente desaparecer e tenha lhe sugerido um remédio para sua doença ou um antídoto para o veneno ingerido. Suponha, ainda, que o enfermo não tenha dúvidas de que o médico é capaz de ajudá-lo e, mesmo assim, diga: “Saia daqui. Eu não preciso do seu conselho. Você não é um médico. Você é uma fraude. Não estou doente. Eu não ingeri qualquer veneno. E, além do mais, provavelmente ele não me fará mal”. E se, depois de tudo isso, esse paciente tentar sufocar e até matar este médico? Diríamos que essa pessoa está não apenas doente, mas também totalmente louco, certo? A loucura espiritual de recusar a ajuda que o Filho de Deus deseja nos dar é ainda dez vezes pior.
Retirado de Somente a Fé [Martinho Lutero]. Editora Ultimato.
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