Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança. (Sl 4.8)
Quando não tenho dor de consciência e todos os meus pecados foram confessados, então “em paz me deito e logo adormeço” (Sl 4.8). Quando estou em paz com Deus e com os homens, então “em paz me deito e logo adormeço”. Quando não coleciono nem tristezas nem amarguras, então “em paz me deito e logo adormeço”. Quando não guardo mágoas nem ressentimentos de pessoa alguma, então “em paz me deito e logo adormeço”. Quando, em meio a incertezas e apreensões eu consigo entregar o meu caminho ao Senhor, então “em paz me deito e logo adormeço”. Quando não reúno os problemas de ontem com os de hoje nem os problemas de hoje com os de amanhã, sobrecarregando-me desnecessariamente, então “em paz me deito e logo adormeço”. Quando observo as aves do céu, que não semeiam nem colhem em celeiros, e os lírios do campo, que não trabalham nem tecem, então “em paz me deito e logo adormeço”. Quando valorizo as coisas pequenas e não me deixo levar pelas que são grandiosas, então “em paz me deito e logo adormeço”.
Entre o deitar e o adormecer, o período de tempo não pode ser longo. A insônia, quando não é uma desordem de origem médica, é algo muito desagradável, como o foi para Nabucodonosor e para Dario (Dn 2.1; 6.18).
O sono é uma dádiva de Deus. Pois é ele quem enche o coração de alegria, “alegria maior do que a daqueles que têm fartura de trigo e vinho” (Sl 4.7). É Deus quem nos faz viver em segurança!
Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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