Quatro velas ardiam sobre a mesa
E falavam da vida e tudo o mais
A primeira, tristonha: “Eu sou a PAZ
Mas o mundo não quer me ver acesa”
A segunda, em soluços desiguais:
“Sou a FÉ! Mas é triste a minha empresa
Nem de Deus se respeita a Realeza
Sou supérflua, meu fogo se desfaz”
A terceira sussurra, já sem cor:
“Estou triste também, eu sou o AMOR
Mas perdi o fulgor como vocês”
Foi a vez da ESPERANÇA, a quarta vela:
“Não desiste ninguém! A Vida é bela!”
E acendeu novamente as outras três!
(Dedé Monteiro)
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