Um caso suspeito de fungo negro foi identificado em Santa Catarina neste domingo (30). O paciente tem 52 anos, possui histórico de comorbidades, como diabetes e artrite reumatoide, e é morador da cidade de Joinville. O caso está sendo investigado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado.
O fungo negro, ou a mucormicose, chamou atenção nos últimos dias depois da Índia relatar mais de 9 mil casos da doença entre pacientes que se recuperaram da covid-19.
O paciente de Joinville apresentou sintomas gripais e realizou o teste de antígeno confirmando o diagnóstico para Covid-19 no dia 23 de fevereiro.
O fungo é capaz de matar mais de 50% dos pacientes com o distúrbio. Muitos deles precisam passar por cirurgias de retirada de partes do corpo afetadas pelo micro-organismo.
Embora os relatos vindos da Índia sejam preocupantes e precisem ser acompanhados de perto, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que eles não são motivo de grande alarme e é improvável que um cenário parecido se repita no Brasil ou em outros lugares do mundo.
“Essa situação local não constitui uma ameaça à saúde pública global”, tranquiliza o infectologista Alessandro Comarú Pasqualotto, professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
E esse baixo potencial de perigo pode ser explicado por dois motivos.
Em primeiro lugar, esses fungos são conhecidos e estudados desde o final do século 19.
Segundo, eles já circulam livremente por boa parte do mundo, inclusive no Brasil.
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