Tribo Xucuru chega para prestar as homenagens ao indigenista Bruno – Foto: Paullo Allmeida
Por volta das 9h30 desta sexta-feira (24), o velório do indigenista pernambucano Bruno Pereira foi realizado no Cemitério Morada da Paz, localizado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Muitos familiares, amigos e admiradores de Bruno estiveram presentes na cerimônia. Às 15h, após as homenagens, o corpo foi levado até a sala de cremação para uma cerimônia reservada à família. Bastante abalados, os pais de Bruno e a esposa, a antropóloga Beatriz Matos, estavam presentes.
Membros do povo Xukuru de Pesqueira, no Agreste pernambucano, chegaram ao Morada da Paz para prestarem as suas últimas homenagens ao indigenista pernambucano ainda na manhã desta sexta. Eles chegaram ao local entoando cânticos. “Ô meu irmão, ô irmão meu, cadê o meu irmão que não vem brincar mais eu?”. Dentro da sala da cerimônia, em volta do caixão, o ritual em homenagem ao indigenista prosseguiu.
Para o povo Xukuru, Bruno não morreu, virou encantado. “Bruno representa a todos nós, e se torna hoje um encantado, que está na mata sagrada, no lugar onde ele mais se sentia em paz. É lá que ele está correndo, livremente com os nossos encantados. Viva Bruno, Viva Dom e a todos que lutam em defesa da vida”, disse o Cacique Marcos Luidson.
“Fomos pegos de surpresa quando recebemos a notícia do assassinato de Dom e Bruno. De lá para cá, se desestrutura todo um projeto de vida, o mesmo trabalhava junto com os povos indígenas, defendendo a Amazônia, e principalmente os nossos irmãos isolados. Aqui em Pernambuco nós não poderíamos de forma alguma não estarmos presente nesse dia de hoje, onde viemos aqui prestigiar o nosso guerreiro. Bruno hoje representa todos nós”, acrescentou o Cacique. (Folha de PE)
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