O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar a CPI da Covid nesta sexta-feira (18), durante em cerimônia para a liberação da pavimentação do 102 km da Rodovia Transamazônica (BR-230/PA), no estado do Pará. O evento também teve a assinatura da Ordem de Serviço para o início das obras de ponte sobre o Rio Xingu.
“O presidente aqui, além de imorrível, é imbrochável também. Não vai ser uma CPI da mentira, uma CPI onde não busca a verdade, uma CPI que se ilude achando que vai derrubar o governo federal”, disse Bolsonaro, no mesmo dia em que a comissão passou a investigar sete ministros e ex-integrantes de seu governo.
Ao lado de parlamentares aliados do Congresso e dos ministros do Desenvolvimento, Tarcísio Freitas, da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente também voltou tocar em pontos rotineiros de seu discurso: a progaganda do tratamento precoce contra a covid-19 e críticas a governadores que decretaram medidas de isolamento social.
Ele também voltou a defender suas decisões no enfrentamento à pandemia. “Um presidente da República que nunca se furtou no seu dever de decidir. Nós sempre dizemos: ‘pior que uma decisão mal tomada, é uma indecisão’. Não ficamos indecisos em momento algum”, comentou.
A CPI da Covid, instalada pelo Senado, tem como atribuição investigar possíveis omissões do governo no combate à pandemia e desvios de verbas federais por estados e municípios. O foco dos senadores, no entanto, foi o governo Bolsonaro durante o primeiro mês e meio dos trabalhos.
Na próxima semana, outro membro do governo federal vai depor: o chefe da Assessoria Internacional do presidente da República, Filipe Martins. Ele é apontado por senadores independentes e da oposição como um dos integrantes do “ministério paralelo”, que teria tirado a autonomia de ministros da Saúde no combate à covid-19. (R7)
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