O mais longo eclipse lunar parcial em 580 anos acontece na madrugada da sexta-feira (19) e pode ser observado por quem estiver em Pernambuco. O melhor horário no estado é a partir das 4h18, quando fica mais visível no céu o fenômeno natural.
ntes desse, o mais longo em duração foi registrado em 18 de fevereiro de 1440, segundo a National Aeronautics and Space Administration (Nasa). No auge do fenômeno, a Lua terá mais de 97% de sua superfície coberta pela sombra da Terra e ganhará uma aparência avermelhada.
O astrofísico e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Antônio Carlos Miranda explicou que o fenômeno pode ser observado a partir de locais altos ou com o horizonte livre, no lado poente do céu.
“Quem for assistir, tem que ter o horizonte poente livre. A lua vai estar baixinha, bem perto de se pôr. Se tiver um prédio ou montanha na frente, não dá para ver. Na hora do eclipse, a gente vai ver o pôr da lua eclipsada, igual o pôr-do-sol”, contou.
De acordo com o Espaço Ciência, o eclipse terá duração exata de três horas, 28 minutos e 23 segundos, mas, em Pernambuco, a visualização é possível entre 4h18 e 4h48, momento em que a Lua se põe. Pouco antes disso, é possível ver que o satélite escurece, ainda que de forma sutil.
O astrofísico explicou que o fenômeno é considerado o mais longo do século porque o movimento da Lua e da Terra estarão em uma velocidade menor e mais afastados do sol.
“Como a velocidade é um pouco menor, a duração é maior. [… ] O auge dele [eclipse], que é quando ele está com a sombra mais forte, vai ser a partir das 4h18. A parte final, a gente quase não vai ver porque a lua já estará se pondo. Vai ser perto das 7h e já tem o sol”, contou.
Segundo ele, quem olhar para o céu vai ver uma lua avermelhada, mas não completamente oculta. “A lua não vai ficar totalmente desaparecida, ela fica um pouco avermelhada, por isso que chama de lua de sangue”, contou.
A dica, segundo o professor, é fazer uma espécie de teste ainda no pôr-do-sol desta quinta-feira (18): se der para ver, vai dar para observar o eclipse. “Faça o teste no local em que mora ou em um local alto. Se for no interior, sem muitos prédios, é fácil de ver”, declarou.
Miranda destacou, ainda, a importância de um fenômeno como esse para despertar a curiosidade científica nas pessoas. “Isso é importante para despertar a curiosidade científica nas pessoas, nesse momento de negacionismo. A gente precisa de injeção de ciência na veia”, afirmou. (G1)
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