O padre Airton Freire, de 66 anos, fundador da Fundação Terra de Arcoverde, quebrou o silêncio ao comentar sobre as acusações de ser cúmplice de estupro e conivente com outros abusos sexuais.
Circula nos Nos grupos de WhatsApp, o religioso publicou a foto de uma carta se posicionando sobre o assunto.
Entenda o caso
A TV Independência da cidade de Carpina, que é um canal web com transmissão no Youtube e Instagram, exibiu na noite da sexta-feira, 5 de maio, no programa “Isto é Notícia”, apresentado por André Luiz, uma entrevista reveladora de uma mulher recifense, que acusa o padre Airton Freire, da Fundação Terra de Arcoverde, de ser cúmplice de um estupro.
A vítima e denunciante é Sílvia Tavares de Souza Cunha, ela contou que foi estuprada por um motorista do padre em 18 agosto de 2022 e ele estava presente e nada fez para impedir o crime. Pelo contrário, foi o sacerdote quem planejou tudo e foi conivente com outros abusos sexuais até chegar no estupro.
Com duração de quase duas horas de entrevista, Sílvia, que é casada e trabalha com moda, detalhou tudo desde o primeiro momento em que conheceu o padre até o crime.
O homem que teria praticado a violência carnal é identificado pela vítima como Jaílson, que é chamado de guardião por atuar em funções de confiança do religioso como motorista e até mesmo segurança.
Por quase uma hora, a vítima diz que foi violentada pelo guardião do padre com a ameaça de uma faca em seu pescoço, após o sacerdote ter dado a ordem para que o homem fizesse o abuso. A senhora Sílvia afirma que durante o estupro o padre Airton ficou sentado numa cadeira se masturbando.
A vítima informou que conhece padre Airton há quatro anos e meio e que jamais imaginou que isso pudesse acontecer.
Revelou que o sacerdote sempre lhe concedeu atendimento espiritual, afirmou que se curou de uma isquemia pela qual estava desenganada depois que ele intercedeu por ela e sempre o teve como um santo e homem de Deus.
Por isso, ainda segundo seu relato, esteve várias vezes em Arcoverde participando de retiros pregados pelo padre Airton e adquiriu tal confiança nele que não desconfiou de nada até ser surpreendida pelo fato e tinha até um tratamento diferenciado ao ponto de ser carinhosamente chamada pelo padre de princesa.
A denunciante diz que tomou as medidas jurídicas e que o caso está sendo apurado, em segredo de justiça, pelo Ministério Público e Delegacia da Mulher de Afogados da Ingazeira onde Sílvia já foi ouvida bem como o padre e o motorista por ela citado. Em depoimento, o religioso teria negado o fato.
Uma delegada especial foi designada pela Polícia Civil de Pernambuco para conduzir o inquérito que apura as denúncias.
Em outubro de 2023, as investigações tiveram início e ainda não foram concluídas. Por enquanto, nada pode ser passado oficialmente pelas autoridades da lei até o final do inquérito pois se trata de um processo em segredo de justiça.
Durante o programa, o apresentador André Luiz diz que fez contato com a Fundação Terra e não teve retorno, informa que conseguiu contato com a Diocese de Pesqueira, no qual é responsável pelo território católico de Arcoverde, e apenas teve como resposta do advogado da Diocese de que o bispo Dom José Luiz Ferreira Salles, não tinha conhecimento do caso.
Do Portal de Prefeitura
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