Funcionários do aeroporto usam máscaras para se proteger do novo coronavírus no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta quinta-feira (27). — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estadual e municipal de São Paulo, confirmou nesta quarta-feira (4) o terceiro caso de coronavírus no Brasil. O homem tem 46 anos, mora em São Paulo, e, assim como os dois primeiros casos confirmados, viajou para a Itália, Áustria, Alemanha e Espanha.
Ele desembarcou no Brasil no dia 1º de março, procurou atendimento médico com sintomas de tosse, coriza e desconforto na garganta e teve a confirmação para COVID-19 nesta quarta-feira (4) no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
Os dois primeiros casos também foram confirmados no Einstein. Todos os três pacientes estão bem, em isolamento domiciliar, e tiveram histórico de viagem para a Europa.
Em nota, o ministério e as pastas afirmam que o caso é importado, ou seja, veio de fora do Brasil.
Segundo o infectologista David Uip, que coordena o Centro de Contingência, o terceiro paciente também está em casa e com poucos sintomas.
Além dessa confirmação, investigam um quarto caso possível confirmado de coronavírus na capital paulista. Exames de contraprova estão sendo realizados para confirmar a amostra do possível caso. Em São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz é responsável pelos exames de contraprova.
De acordo com Uip, o terceiro paciente não tem relação com os dois primeiros casos.
“A priori nenhum [se tem relação com os outros dois casos], são casos diferentes. Não está acontecendo nada de inesperado, nós vamos ter novos casos. A maioria dos casos vão ser assintomáticos, ou pouco sintomáticos, como toda doença viral, especialmente vírus que fazem a síndrome respiratória, então, é dentro do esperado e há certeza que nós estamos preparados para isso”, disse.
Mesmo com a segunda confirmação, não houve mudança da situação nacional, pois não existem evidências de circulação sustentada do vírus em território brasileiro.
Segundo a metodologia da Secretaria Estadual de Saúde, para um caso ser considerado suspeito é necessário que o paciente tenha apresentado, além dos sintomas, histórico de viagem ou contato com caso suspeito. (G1)
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