O Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo. (1 João 4.14)
É quase certo que o apóstolo João tenha vivido muitos anos e que tenha sido o último dos apóstolos a morrer. Assim, será bom ouvir sua reflexão madura sobre o significado e o propósito da encarnação. “O Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo”. Essa é uma declaração direta sobre o Natal em que quatro substantivos se destacam: o Pai enviou o Filho para ser o Salvador do mundo.
Mundo é a palavra usada por João para descrever a sociedade sem Deus, que lhe desagrada e que se encontra sob seu justo juízo.
O termo Salvador indica que o mundo necessita de salvação, pois, embora as palavras pecado e salvação pertençam a um vocabulário tradicional que constrange alguns e confunde outros, não podemos descartá-las. Elas expressam realidades vitais que seria tolice ignorar. Salvação é liberdade – liberdade da culpa, do juízo, do egocentrismo, do medo e da morte.
O Filho é o Salvador de que necessitamos; é Deus e é homem, cujo nascimento celebramos no Natal e cuja morte é o único motivo pelo qual Deus pode perdoar os nossos pecados hoje. Isso porque – para citar outra das declarações concisas de João – Deus “enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (v. 10).
Além disso, o Pai enviou o Filho para ser o Salvador do mundo. O Filho não veio de livre e espontânea vontade, muito menos arrancou a salvação de um Pai relutante em concedê-la. Não, o Pai o enviou. O Pai tomou a iniciativa com base em seu imenso amor, pois, ao entregar seu Filho, ele estava entregando a si mesmo.
Para saber mais: 1 João 4.7-16
Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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