[…] como pastores da Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio Filho. (20.28b)
Os presbíteros de Éfeso deveriam cuidar bem deles e do rebanho porque eles foram comprados por Deus “por meio do sangue do seu próprio Filho”.
Afinal, quem comprou ou redimiu a Igreja de Deus? À liderança de Éfeso, Paulo diz que foi Deus. Na carta aos Coríntios, ele diz o mesmo: “Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço” (1Co 6.19-20). Mais à frente, Paulo repete: “Deus comprou vocês por um preço; portanto, não se tornem escravos de seres humanos” (1Co 7.23).
Ao mesmo tempo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos, logo após a abertura do livro selado com sete selos, dirigem-se ao Cordeiro e cantam em alta voz: “Tu és digno de pegar o livro e de quebrar os selos. Pois foste morto na cruz e, por meio da tua morte, compraste para Deus pessoas de todas as tribos, línguas, nações e raças” (Ap 5.9).
Na verdade, o elevado preço da compra foi pago por Deus Pai e por Jesus. O Pai não derramou o seu sangue porque quem se fez carne foi o Verbo e não ele. Mas foi Deus que deu o seu Filho “para que todo aquele que nele crer, não morra, mas tenha a vida eterna”; foi Deus que mandou o seu Filho para salvar o mundo (Jo 3.17); foi Deus que não poupou o seu próprio Filho (Rm 8.32); foi Deus que não tirou das mãos de Jesus o cálice do sofrimento (Mt 26.39); e foi Deus que respondeu com o silêncio o clamor: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27.46)! Deus comprou, adquiriu ou conquistou a nossa salvação desse modo e Jesus fez o mesmo derramando o seu precioso sangue, “como de um cordeiro sem defeito” (1Pe 1.19)!
Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
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