Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu. (Tg 1.17) Todos os crentes aos quais Tiago escreve são (ou deveriam ser) luzes resplandecentes para o mundo inteiro, como Jesus ordenou (Mt 5.14). Agora, o escritor fala sobre o Pai das luzes, a luz maior, a luz do centro, a luz que nunca deixa de brilhar. Ninguém se engane, pois é desse “Pai das luzes” (Tg 1.17, ARA) que “os filhos da luz” (Ef 5.8, ARA) recebem tudo de bom e tudo o que é perfeito. Portanto “se alguém se orgulhar, que se orgulhe de me conhecer e de me entender; porque eu, o Senhor, sou Deus de amor e faço o que é justo e direito no mundo” (Jr 9.24).
Já que chama Deus de “o Criador das luzes do céu” ou “Pai das luzes” ou “Pai dos astros”, Tiago obriga-se a dar uma explicação: Deus é o Criador dos luzeiros do céu, mas não é como eles. O sol e a lua estão sujeitos aos periódicos eclipses que os escondem momentaneamente dos nossos olhos e nos deixam na escuridão. Esse mesmo fenômeno, porém, não acontece com o Criador do sol e da lua, da claridade e da escuridão: “Ele não muda, nem varia de posição, o que causaria a escuridão”, acrescenta Tiago (1.17b).
A natureza muda do calor para o frio, do frio para o calor; o horário do nascer do sol varia de estação para estação e de lugar para lugar; as chuvas não caem de modo uniforme; a maré não é a mesma o dia todo. Graças a essas mudanças, apesar da constante repetição desses fenômenos, o ser humano não se aborrece tanto com a mesmice e a rotina. Nesse caso, a mudança exalta a criatividade e a glória de Deus. Todavia, o Pai das luzes não pode ser um hoje e outro amanhã; não pode ser bom hoje e mau amanhã; não pode ser santo hoje e imundo amanhã; não pode ser poderoso hoje e fraco amanhã. Nele “não pode existir variação ou sombra de mudança” (1.17b, ARA).
Deus é o mesmo hoje, amanhã e depois!
Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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