Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó. (Sl 103.13-14)
Mesmo sem o atributo da onisciência, a mãe sabe do que a criança precisa, o médico sabe do que o doente precisa, o professor sabe do que o aluno precisa. Se isso acontece com pessoas, extremamente limitadas, por que não aconteceria com Deus, que não tem limite algum?
Para obter a confiança de suas ovelhas e eliminar qualquer dúvida, Paulo lhes garantiu: “Deus sabe que os amo!” (2Co 11.11). Jó considerava-se descoberto aos olhos de Deus: “Ele sabe o meu caminho” (Jó 23.10). O salmista vai muito além e declara: “Senhor, tu sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor” (Sl 139.2-4).
É por essa razão que Jesus afirma que a verbosidade nas orações é desnecessária, pois o “Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mt 6.8). A ansiedade também é desnecessária porque o Pai celestial sabe que nós precisamos das coisas básicas, como alimento, roupa, moradia etc. (Mt 6.32). Ele sabe de tudo e a respeito de todos.
Uma coisa que Deus precisa saber e sabe é a nossa origem: “Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó” (Sl 103.13-14) Deus não nos trata como super-homens. Somos difíceis, complicados, limitados, frágeis, quebradiços, tímidos, vulneráveis, complexados e assim vai.
Se ele não soubesse dessa nossa enorme dependência dele, estaríamos perdidos!
Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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