À meia-noite me levanto para dar-te graças pelas tuas justas ordenanças. (Sl 119.62)
O relacionamento do autor do Salmo 119 com Deus é o dia inteiro, a parte clara e a parte escura.
Começa de madrugada: “Antes do amanhecer me levanto” (v. 147). Continua durante o dia: “Sete vezes por dia eu te louvo” (v. 164). Recomeça ao escurecer: “De noite lembro-me do teu nome, Senhor!” (v. 55). Penetra noite a dentro: “À meia-noite me levanto para dar-te graças pelas tuas justas ordenanças” (v. 62). Ocupa a noite toda: “Fico acordado nas vigílias da noite, para meditar nas tuas promessas” (v. 148).
Nesses encontros o dia inteiro com Deus, o salmista gasta algum tempo se lembrando do nome do Senhor, meditando nas suas promessas, agradecendo a sua presença e adorando-o na beleza da sua santidade. Há muita coisa para ser lembrada, há muita coisa em que meditar, há muita coisa para ser agradecida e há muitos motivos de louvor.
É certo que ele gastava tempo também para confessar pecados, para pedir desculpas, para pedir perdão e para suplicar milhares de outras bênçãos. Como, por exemplo: “Trata com bondade o teu servo, Senhor, conforme a tua promessa” (v. 65).
A busca contínua do salmista lembra uma passagem do Novo Testamento e uma pessoa de Jerusalém. A passagem está numa das Epístolas de Paulo: “Orem continuamente” (1Ts 5.17). A pessoa é a profetisa Ana, a viúva que nunca deixava o templo, mas jejuava, adorava e orava dia e noite (Lc 2.37).
Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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