Jeová é a minha força e o meu escudo; nele tem confiado o meu coração, e sou ajudado. (Sl 28.7)
Não será por meio da mentira. Sendo eu fraco, um pusilânime incorrigível, se disser: “Eu sou forte”, estarei faltando com a verdade. É um péssimo começo. Não vai dar em nada.
Se for uma questão simplesmente verbal, se não produzir pelo menos um grama de convicção interior, se não descer ou entrar para alterar e influenciar a minha mente, será tudo inútil. Não vai passar de conversa fiada. Bobagem. Besteira. Teoria.
O negócio começa a modificar quando eu me permito sugestionar, quando a minha mente vislumbra a possibilidade e se deixa influenciar por um ponto de apoio que ainda não é meu, mas pode vir a ser. Então inicio-me na difícil arte de me inclinar suavemente para o lado oposto do pessimismo e percebo o poder do otimismo.
Porém, o ápice, a experiência mais madura, o alicerce mais inabalável, eu vou encontrar em Deus e nos exercícios espirituais que me capacitam a sentir a presença e o poder dele. Terei, pois, a ousadia de declarar, à semelhança de Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). A fé me dará uma força terrível: serei capaz de derrubar as muralhas de Jericó, de subjugar reinos, de fechar bocas de leões, de extinguir a violência do fogo. Poderei fazer a coisa mais engraçada e impossível do mundo: da fraqueza extrair força (Hb 11.34). Minha fé jamais será posta em mim mesmo, nem nas circunstâncias, nem nos outros homens, gigantes ou pigmeus, mas sempre em Deus. Ele é o meu ponto de apoio. Então descobrirei que o poder se aperfeiçoa na fraqueza, e não na presunção; em Deus, e não nos homens. Chegarei à conclusão de que não importa se eu e você somos quebráveis, se podemos carregar dentro de nós, sem derramar, o tesouro da fé, “para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós” (2Co 4.7).
Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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