Cantem ao Eterno uma novíssima canção. Ele fez um mundo de maravilhas! (Sl 98.1)
“Se o Eterno está com o nosso povo, por que está acontecendo tudo isso com a gente? Onde estão aquelas coisas maravilhosas que os nossos antepassados nos contaram que o Eterno costumava fazer quando nos trouxe do Egito?” (Jz 6.13). A pergunta de Gideão tem cabimento? Se havia maravilhas ontem, por que não há maravilhas hoje? Maravilhas passadas não substituem maravilhas presentes. “Por que só nossos antepassados veriam maravilhas? Queremos maravilhas hoje”, dizia Gideão.
O que corta as maravilhas divinas é o pecado, o abandono de Deus, a adoção de novos deuses e de novos cultos. Isso está patente em toda a Bíblia, especialmente no livro que conta a história dos primeiros 450 anos do povo judeu, depois da posse da terra prometida e antes da monarquia (At 13.20). Várias vezes, no livro de Juízes, o povo fazia o que era mau aos olhos do Senhor e este suspendia suas maravilhas. Após alguns anos de humilhação, opressão estrangeira e muita dor, o povo caía em si e se arrependia dos seus pecados. Então as maravilhas voltavam. Gideão mesmo viu muitas maravilhas: o fogo que consumiu a carne e os bolos asmos oferecidos ao Senhor; a lã encharcada de água enquanto a eira estava seca; a lã seca enquanto a eira estava coberta de orvalho; e a estrondosa vitória sobre os midianitas, apesar do reduzido número de soldados israelitas (Jz 6–7). O reatamento das boas relações de Israel com Deus abriu outra vez as portas das famosas maravilhas que o Senhor opera.
Maravilhas hoje são possíveis. Elas formam um precioso patrimônio que enriquece a vida religiosa, impedindo que se viva só de gratas recordações. Deus repetirá suas maravilhas de geração em geração, desde que o homem não se aparte dele.
Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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