Depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como prêmio a vida que Deus promete aos que o amam. (Tg 1.12b)
A recompensa é sempre inevitável. Tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal. Diga-se de passagem: a recompensa pode ser positiva ou negativa. Seria muito estranho se a pessoa que se nega a si mesmo por amar Deus acima de tudo não recebesse a prometida coroa da vida. Seria igualmente estranho se a pessoa que satisfaz todas as suas vontades pecaminosas por amor a si mesma acima de tudo, recebesse a coroa da vida prometida para os outros e não para ela. Isso seria uma aberração e apagaria a imagem de um Deus de justiça. Já bastam as injustiças que existem nesta vida e neste mundo. Muitos perderiam por completo a fé e renegariam por definitivo o Senhor, caso tudo continuasse bem para os orgulhosos e os maus, caso eles continuassem fortes e cheios de vigor, caso eles não tivessem um fim terrível quando o dia do acerto de contas chegar. Essa é a injustiça gritante que quase levou Asafe à apostasia (Sl 73).
Tiago garante que, depois de sair aprovado das provações e tentações, o crente “receberá como prêmio a vida que Deus promete aos que o amam” (1.12). A vida a que ele se refere não é o período compreendido entre o nascimento e a morte, mas sim a vida eterna. Em outras versões, fala-se em “vida plena”.
Quando as Olimpíadas estão acontecendo, é comum ouvirmos falar em medalha de ouro. Na época do Novo Testamento, falava-se em “coroa da vida”, aquela coroa feita de folhas de louro que os juízes colocavam na cabeça do atleta vencedor. A coroa do cristão que vence as aflições e as tentações é uma medalha que não se desgasta, uma coroa que dura para sempre, uma coroa gloriosa, a coroa da justiça, a incorruptível coroa da vida (1Co 9.25; 1Tm 4.8; 1Pe 5.4).
Não há prêmio maior do que ouvir o convite de Deus: “Venha festejar comigo”!
Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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