Você não quer ir a Jerusalém e ser julgado lá por mim? (At 25.9)
Quando Festo perguntou a Paulo se ele queria ir a Jerusalém, Paulo disse um enfático “não”. O plano dele era outro, do qual não estava disposto a abrir mão, porque tinha o selo de Deus. Na primeira noite passada na fortaleza Antônia, o Senhor Jesus apareceu a Paulo e disse: “Você falou a meu respeito aqui em Jerusalém e vai falar também em Roma” (23.11). Na condição de prisioneiro, a longa viagem marítima foi paga pelos cofres públicos.
Além desse motivo missionário, Paulo tinha um motivo particular: em Jerusalém ele poderia ser morto. Mas o primeiro motivo pesava muito mais do que o segundo, pois ele poderia ser morto também em Roma, o que de fato aconteceu alguns anos depois, segundo a tradição. Pelos amigos, Paulo foi aconselhado a não ir a Jerusalém (21.4, 12), mas foi. Agora ele é convidado a ir a Jerusalém, e não vai. Como diz Eclesiastes: “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião” (Ec 3.1).
A experiência de Jesus é semelhante. Quando Jesus começou a dizer claramente que era-lhe necessário ir para Jerusalém, onde sofreria muito e seria morto, Pedro o desaconselhou veementemente a fazer tal coisa, mas Jesus teimou em ir porque “era necessário” (Mt 16.21-23, NTLH).
O seguidor do Caminho não deve se expor por imprudência, por valentia, por exibição e pela força dos conselhos mal dados. Mas quando se trata de uma responsabilidade séria dada inequivocamente pelo Senhor da Seara, ele deve enfrentar qualquer situação. O “também em Roma” que soou no ouvido de Paulo colocou-o na rota certa e no tempo certo!
Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
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