Jesus, o povo estava dividido. Alguns diziam que ele era bom, outros afirmavam que não era bom (Jo 7.12). Os que defendiam a primeira possibilidade explicavam que Jesus era bom porque dava atenção aos pobres, aos publicanos, às meretrizes. Porque curava os doentes e ressuscitava os mortos. Porque chorava com os que choravam. Porque livrava os endemoninhados dos demônios. Porque não autorizava o apedrejamento de ninguém, nem mesmo da mulher adúltera. Porque perdoava pecados. Porque não fazia discriminação. Porque forneceu sanduíches de pão e peixe aos que estavam sem comer. Porque livrou os pais da noiva e do noivo de vexame de não ter mais vinho. E assim por diante. Os que defendiam a possibilidade oposta diziam que Jesus não era bom porque na verdade era um oportunista, um enganador. Havia também aqueles que faziam um bom juízo de Jesus, mas ficavam com a boca fechada para não se comprometerem (Jo 7.13). O jovem rico e impecável (quanto à guarda da lei) aproximou-se de Jesus e o chamou de Bom Mestre (Mc 10.17).
O que conta mesmo é que o próprio Jesus se apresenta como o Bom Pastor. Entre os sete “Eu Sou” de Jesus, o quarto é: “Eu sou o bom pastor” (Jo 10.14), aquele pastor enaltecido por Davi (Sl 23), aquele pastor que dá a sua vida pelas ovelhas!
Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
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