Portanto, com a ajuda de Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem a vida cotidiana – dormir, comer, trabalhar, passear – a Deus como se fosse uma oferta […] Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. (Rm 12.1-2)
O culto racional não é fácil. Exige uma atitude honesta e não suporta a superficialidade. Não tem substitutos, não faz concessões, não serve de esconderijo. Não consiste em meras palavras, não se confunde com aparências, não diz respeito a quantidade. Repartições mecânicas e providências supersticiosas não se enquadram no culto racional.
O culto racional contrasta com o sacrifício de animais irracionais. É uma entrega consciente e voluntária do homem a Deus. Uma entrega mais moral que cerimonial. Uma entrega do nosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Sacrifícios da carne e da vontade. Obediência. É o negar-se a si mesmo e o carregar a cruz dia a dia. É seguir a Cristo. É perder a vida por causa do compromisso cristão. Perder a vida de dimensões miseráveis (que se vê) para ganhar a vida de dimensões inimagináveis (que não se vê).
Muita gente tem preferido o culto não racional, o culto de Caim, os bezerros de ouro, o culto hipócrita de Israel, a falsidade de Pilatos. É mais cômodo. É mais comum. É mais concorrido. Além do mais, o culto não racional é sutil, serve de venda, funciona como paliativo, parece satisfazer a necessidade interior de culto.
O culto racional inclui o não conformismo, quebra a adequação ao erro, não assume compromissos com as trevas, nada contra a correnteza e anda em direção oposta ao vento. Desde que a mente humana pode tornar-se viciada, prejudicada e falha, o culto racional prevê ainda a renovação mental, a maneira diferente de pensar e enxergar as coisas. Só assim é possível a transformação. A transformação que leva à experiência da boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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