Como já temos ouvido, agora também temos visto na cidade de nosso Deus: Deus a preserva firme para sempre. (Sl 48.8)
Em geral, queremos ver porque antes ouvimos. Daí as palavras do salmista: “Como já temos ouvido agora também temos visto […]” (Sl 48.8). O ouvir desperta a curiosidade, desperta a vontade de ver.
Assim aconteceu com a rainha de Sabá. Em seu país, ela ouviu falar dos feitos e da glória do rei de Israel. Isso a levou a Salomão. Então, depois de ouvir, ela viu também. E a rainha confessou ao rei Salomão: “Tudo o que ouvi em meu país acerca das tuas realizações e da tua sabedoria é verdade. Mas eu não acreditava no que diziam até ver com os meus próprios olhos. Na verdade, não me contaram nem a metade; tu ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riquezas” (1Rs 10.6-7).
O ouvir abre as portas, começa a operar possíveis mudanças, mas é o ver que consolida e amplia as mudanças. O ver sempre faz mais do que o ouvir. Filipe fez propaganda de Jesus para Natanael, que não se mostrou muito interessado. Então Filipe lhe falou: “Venha e veja”. O indeciso Natanael foi e viu, e então se fez discípulo do Senhor (Jo 1.43-51).
A ressurreição de Jesus se impôs mais pelo ver do que pelo ouvir. Os apóstolos ouviram as mulheres falarem que o túmulo estava sem a tampa e vazio. Todavia só creram quando viram no sepulcro “as faixas de linho e mais nada” (Lc 24.12). Um deles só creu quando viu as marcas dos pregos nas mãos de Jesus (Jo 20.24-31).
Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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