A palavra de Deus continuava a se espalhar. (Atos 6.7a)
Antes de mencionar a continuação do crescimento numérico (6.7), o historiador faz questão de mencionar a continuação do ensino e da pregação: “Todos os dias, no pátio do templo e de casa em casa, eles continuavam a ensinar e a anunciar a boa notícia a respeito de Jesus, o Messias” (5.42). Nada de bom parava de funcionar no meio do caminho, muito menos o tempo consagrado à oração (6.4). Dava-se prosseguimento a tudo. Esse é um dos segredos da igreja primitiva.
A continuação do ensino e a continuação do crescimento estão interligadas. O primeiro é mais importante que o segundo. Crescimento exclusivamente numérico, sem conhecimento bíblico, sem firmeza doutrinária, sem profundidade, sem o anúncio insistente da cruz e do túmulo vazio, sem a exposição dos paradigmas de comportamento a serem alcançados — acaba em colapso. É como uma casa muito grande e bonita construída sobre alicerce insuficiente.
Não é para fazer pouco caso da expansão numérica e missionária. Ter cada vez maior número de pessoas arrependidas, perdoadas e salvas pode ser um dos alvos da igreja, mas não o primeiro, o maior, o mais desejado e o mais procurado. Paulo fez-se “escravo de todos a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas” (1Co 9.19). Mas ele também ensinava e consolidava os convertidos pela palavra falada e escrita, haja vista as suas dezesseis cartas!
Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
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