As divisas caíram para mim em lugares agradáveis: Tenho uma bela herança! (Sl 16.6) O salmista se empolga com a sua caminhada em direção ao Senhor e acaba exclamando: “Tenho uma bela herança” (Sl 16.6). Outras traduções dizem: “é magnífica a minha herança” ou “minha herança é a mais bela”.
Herança é coisa do futuro próximo ou remoto. Ainda não está em nossas mãos, mas é absolutamente certa. É algo para ser gozado em sua plenitude não no presente, mas daqui a algum tempo. Nada impede, porém, que ela seja antegozada agora e em todo o período de espera. A mulher grávida está segura de que tem um filho no ventre, mas ainda não pode colocá-lo no colo nem beijá-lo nem sequer vê-lo. Ela pode saber qual é o sexo do bebê, mas não o tem ainda. A criança precisa se desenvolver para sair do útero perfeitamente formada.
O filho de pais ricos tem certeza de que a casa da cidade, a casa da montanha, a casa da praia, os bens móveis e imóveis, as ações preferenciais, a fortuna acumulada ao longo dos anos vão passar, com a morte dos pais ou mesmo um pouco antes disso, para as mãos e para o nome dele. Essa pessoa, porém, já se considera próspera desde já.
O crente precisa ter convicção de que é herdeiro de Deus (Rm 8.17), herdeiro da promessa (Hb 6.17), herdeiro do reino prometido (Tg 2.5) e herdeiro da graça da vida (1Pe 3.7). Precisa saber mais ainda: ele é co-herdeiro com Cristo (Rm 8.17)!
Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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