Decido fazer o bem, mas de fato não o faço. Decido não fazer o mal, mas acabo fazendo, de um modo ou de outro. Minhas decisões não resultam em ações. Algo está muito errado no meu interior e sempre tira o melhor de mim. (Rm 7.19-20)
Viver em retidão não é comum nem fácil.
Primeiro, porque a natureza do homem está corrompida: “Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” (Ec 7.29). O pecado se associa ao homem ainda no ventre materno: “Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). A propensão pecaminosa é alguma coisa orgânica: “No tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros” (Rm 7.22-23).
Segundo, porque o meio é adverso e hostil à retidão: “O mundo inteiro jaz no maligno” (1Jo 5.19). A influência do meio é quase ditatorial e muitas vezes assimilada inconscientemente.
Terceiro, porque a nossa luta é “contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). Em última análise, há um ser extraterrestre, de índole devastadora, que exerce certo domínio sobre o homem. Satanás levou Adão à queda, tentou a Jesus no deserto e é descrito como o adversário que anda em derredor do homem, “como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8).
Felizmente, o apóstolo Paulo não encerrou aí seu desabafo. Ele continuou: “A resposta, graças a Deus, é que Jesus Cristo pode e me ajuda. Ele agiu para consertar as coisas nesta vida de contradições com a qual quero servir a Deus de todo o coração e mente” (Rm 7.25).
Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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