Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e para possuírem o Reino que ele prometeu aos que o amam. (Tg 2.5b)
Os pobres deste mundo, os pobres em bens, o grupo de pessoas geralmente desprezadas pelo mundo, os pobres aos olhos do mundo, os pobres sob o ponto de vista humano – eles têm alguma preferência diante de Deus? Estaria Deus fazendo discriminação entre pobres e ricos? Assim como Paulo declarou que o evangelho é “o poder de Deus para salvar todos os que creem, primeiro os judeus e também os não judeus” (Rm 1.16), a eleição alcançaria primeiro os pobres e depois os ricos? Primeiro os judeus porque eles estão muito mais perto do que os ricos no conhecimento de Deus, e primeiro os pobres porque eles podem estar muito mais perto do que os ricos, por se sentirem necessitados e terem menos segurança e arrogância? Pode haver uma preferência na evangelização e não na eleição. Judeus e não judeus, pobres e ricos são igualmente pecadores e carentes de perdão e salvação. A famosa “teologia do tanto como” tanto os de perto como os de longe, tanto os homens como as mulheres, tanto os pobres como os ricos, tanto os pequenos pecadores como os grandes pecadores se aplica aqui: tanto os pobres como os ricos, tanto os de família modesta como os de família importante, tanto os ignorantes como os sábios (1Co 2.26-28). Eliú, um dos amigos de Jó, pergunta: “Por acaso [Deus] prefere os ricos e famosos aos pobres? Não é ele responsável por todos?” (Jó 34.19, AM).
Na história da igreja primitiva, o evangelho era pregado ao povo nas ruas e nas praças e às pessoas da elite, como uma mulher de negócios (Lídia), um comandante militar (Cornélio), governadores (Félix e Festo) e reis (como Agripa).
Ambos precisam da graça de Deus: o rico sentado à mesa e o pobre remexendo na lata de lixo!
Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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