Como nada sai de graça, a conta do setor elétrico vai chegar até o fim deste mês ao bolso dos pernambucanos. A partir do próximo dia 29 de abril entrará em vigor a nova tarifa de energia elétrica, com aplicação do Reajuste Tarifário Anual, cuja proposta ainda será analisada pela Aneel – com previsão para a próxima reunião do dia 26. Embora não tenha ainda homologado o reajuste em Pernambuco, o que passou em outros estados nordestinos, inclusive os atendidos por empresas pertencentes à Neoenergia, traz um alerta pelo patamar na casa dos 20%.
De acordo com a própria Aneel, as distribuidoras não são mais obrigadas a enviar pleito de reajuste à agência reguladora, o que impede o conhecimento prévio da proposta tarifária. Mas a julgar pelas tarifas já aprovadas, na próxima semana o impacto também deverá ser grande no Estado.
Na última reunião extraordinária da diretoria da Aneel, realizada nessa terça-feira (19), para se ter uma ideia, nos estados onde atua a Neoenergia, Rio Grande do Norte e Bahia, as altas foram de, respectivamente, 20,55% e 21,35% para os consumidores residenciais. A justificativa foram os encargos setoriais e os custos de distribuição e de aquisição de energia, que puxaram para cima a correção.
Em Pernambuco, no ano de 2021, a Neoenergia teve reajuste tarifário médio de 8,99%, sendo 7,46% o percentual aplicado aos consumidores residenciais de baixa tensão. Um aumento na casa dos 20% representaria uma elevação quase três vezes maior do que fora registrado no ano anterior.
Ainda em 2021, documentos internos da Aneel já apontavam que em 2022 a alta das tarifas cobradas pelas distribuidoras seria na ordem de 21,04%, “avaliado todo o universo de custos das distribuidoras e incluídos esses impactos das medidas para enfrentamento da crise hídrica”. (JC)
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