Diante da alta no preço dos seguros dos veículos, os proprietários procuram alternativas para manter seu automóvel com uma cobertura.
Muitos motoristas não veem a necessidade de ter um seguro para seu veículo, somente em torno de 35% da frota de veículos que circulam no país possui algum tipo de seguro, de acordo com a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais). Porém, para quem o utiliza como ferramenta de trabalho é indispensável contar com boas coberturas.

Os seguros estão compostos por coberturas (por perda total, contra roubos e furtos, contra desastres naturais, para terceiros, para passageiros e cobertura total -seguro compreensivo-), em geral as seguradoras oferecem coberturas a mais, e isso torna o seguro mais caro.
Para o segurado é conveniente que analise suas necessidades e contrate somente as coberturas que precisa, de acordo aos riscos aos que está exposto e também as possibilidades do seu bolso, somente desta forma poderá manter seu carro coberto com um seguro de auto barato.
Considerando que cada seguradora tem suas próprias políticas para determinar o valor do prêmio que será cobrado na apólice, é conveniente que o proprietário faça diferentes cotações e avalie o custo-benefício de cada uma em relação ao alcance das coberturas e ao preço cobrado.
Nos últimos anos as coberturas mostraram altas consideráveis, só no ano passado, de janeiro até novembro os seguros acumularam 33,6% de aumento em relação ao mesmo período de 2021, de acordo com a informação da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais).
O motivo principal para essas subas é a alta no valor dos veículos, pois o prêmio do seguro é calculado considerando diferentes fatores, entre eles o preço de mercado do modelo que será segurado.
Nos últimos 5 anos os veículos tiveram um aumento de 85% no seu valor. Em 2017 o valor médio dos automóveis estava em R$ 70.877, em 2019, antes da pandemia, em R$ 76.430, este ano o valor médio está em R$ 141,487 de acordo com a consultoria Jato.
De acordo com este levantamento, os aumentos antes da pandemia estavam em torno dos 5%, mas desde junho de 2020, em plena pandemia, as altas começaram a ser mais importantes. Nesses meses houve uma importante queda na comercialização de carros zero-quilômetro. Em dezembro de 2020, com a falta dos semicondutores e outros insumos, os preços subiram ainda mais.
O custo do frete internacional, o desenvolvimento tecnológico e a instabilidade do dólar nesse período também contribuíram para a alta no valor dos carros, e consequentemente no valor dos seguros que temos hoje.
Com a redução na fabricação dos veículos zero quilômetros e consequentemente o aumento dos preços, os brasileiros começaram a procurar mais os seminovos e os usados, assim, com maior demanda os preços deste tipo de veículo também tiveram altas. O desabastecimento de peças para produzir os carros novos e o aumento no valor das peças para reposição são os principais fatores do suba do valor do seguro, de acordo com a CNseg, pois esses itens geram o aumento do preço dos veículos na Tabela Fipe, que é o valor tomado como referência para calcular o prêmio do seguro.
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