Os protestos realizados hoje contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido), iniciados pela manhã, atingem cidades de todas as regiões do país. Até o momento há protestos em 14 capitais como Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Teresina (PI), Recife (PE), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e São Luís (MA).
Os atos são organizados por grupos de esquerda, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo e o Povo na Rua. Apesar dos pedidos dos organizadores para que fosse mantido o distanciamento social, houve aglomeração na maior parte dos atos. Grande parte dos manifestantes usou máscara e houve apenas um incidente até o momento: a Polícia Militar interveio no protesto de Recife, e a vereadora Liana Cirne (PT) levou spray de pimenta no rosto.
Participantes e organizadores ouvidos pelo UOL afirmaram que foram às ruas nesta manhã principalmente por causa da gestão do governo Bolsonaro em relação à pandemia. Contudo, outras questões entraram na pauta, como privatização de estatais, auxílio emergencial, cortes de recursos para educação.
Procurado pelo UOL, o governo federal ainda não comentou a realização dos protestos —assim que se posicionar, o comentário será adicionado ao texto.
Distribuição de máscaras e policiamento
Em Belo Horizonte, o protesto foi organizado pela frente ampla Povo sem Medo. Pela manhã, às 9h10, bandeiras de movimentos populares começaram a ser erguidas e o público começou a se movimentar na Praça da Liberdade. Entre 10h e 10h30, o público aumentou e se encaminha para a Praça Sete, mas o distanciamento social não foi respeitado. Segundo o tenente Fernandes, da Polícia Militar, 5 mil pessoas protestam neste momento. Os organizadores falam em 6 mil pessoas.
Manifestantes gritavam expressões como “Fora Bolsonaro” e contra prefeito Alexandre Kalil (PSD), que disse que poderia cortar o salário de professores que entrassem em greve. Estavam presentes partidários do PT, PSOL, PCdoB, entre outros.
No Rio de Janeiro, a Polícia Militar do 4º batalhão faz o policiamento da manifestação na avenida Presidente Vargas. Segundo o responsável pelo policiamento, são entre 150 a 200 homens para garantir a segurança.
Em Salvador, o ato nesta manhã reuniu centenas de pessoas no Largo de Campo Grande. Alguns usaram guarda-chuvas com sílabas da palavra genocida. Uma grande faixa puxa a caminhada com os dizeres: “vida, pão, vacina e educação”. O corte de verba das universidades federais este ano também foi lembrado pelos manifestantes.
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