O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta sexta-feira (2) que o Sul e Sudeste são semelhantes entre si, e diferentes das demais regiões, porque têm mais pessoas trabalhando do que vivendo de programas de transferência de renda. A declaração, feita em discurso durante encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Belo Horizonte, gerou críticas e reações entre políticos de partidos opositores a ele.
“São Estados onde há proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial. Acredito que boa parte da solução do país passa por esses Estados”, afirmou Zema.
O governador afirmou ainda que boa parte da população brasileira tende a acreditar em “soluções miraculosas, que só dão certo no discurso”, e citou a gestão anterior em Minas, do ex-governador Fernando Pimentel (PT). O governador tem sido um crítico frequente a governos de esquerda, ao mesmo tempo em que procura crescer politicamente entre eleitores de centro-direita, com vistas à campanha presidencial de 2026.
“Somos Estados produtivos. Precisamos mostrar o que funciona e mostrar que essas teses fantásticas não são o melhor caminho”, acrescentou Zema.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a maioria dos Estados tem mais pessoas com carteira assinada do que recebendo auxílio, segundo reportagem do portal g1.
A fala de Zema gerou críticas e reações de partidos de oposição. O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) classificou como “vergonhoso” o que disse o governador mineiro. “Romeu Zema é o exemplo típico do preconceito bolsonarista”, afirmou em suas redes. Para o deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG), a declaração é um “ataque xenofóbico” e “preconceituoso”.
Além de Zema, participaram do evento os governadores do Rio, Cláudio Castro (PL); de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de Santa Cantarina, Jorginho Mello (PL); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).
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