Enquanto a governadora Raquel Lyra (PSDB) não sinaliza qual modelo adotará na área de segurança, a violência cresce de forma assustadora no Estado. Segundo as estatísticas da Secretaria de Defesa Social, 319 pessoas foram mortas em setembro passado. No mesmo período do ano anterior, foram 222 ocorrências, um aumento, portanto, de 43,68%.
Não foi por falta de aviso. Em julho e agosto deste ano, estatísticas já indicavam crescimento dos crimes contra a vida. No acumulado deste ano, 2.720 mortes já foram contabilizadas pela polícia. No mesmo período de 2022, foram 2.544, crescimento de 6,9%. Quando se fala em mortes violentas, são englobados os crimes de homicídios, latrocínios, feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e óbitos decorrentes de intervenções policiais.
Se está ruim, pode piorar. Em meio ao aumento das mortes violentas, os delegados reclamam da falta de diálogo com o Governo e ameaçam parar de participar dos plantões. A Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia de Pernambuco (Adeppe) marcou para o dia 24 uma assembleia extraordinária.
A categoria, que pleiteia aumento salarial e melhorias nas condições profissionais, vai definir as ações de mobilização como forma de pressionar a retomada das mesas de negociação com o governo estadual. De acordo com o presidente da Adeppe, Diogo Victor, em julho passado, a Secretaria de Administração prometeu abrir as negociações, mas, até o momento, silêncio total.
Por Magno Martins
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