Priscila e Áquila o ouviram falar; então o levaram para a casa deles e lhe explicaram melhor o Caminho de Deus. (18.26) Além das virtudes explícitas de Apolo, o livro de Atos menciona mais uma: a humildade do bem-sucedido pregador egípcio demonstrada pela sua disposição de ouvir e aceitar a observação de Priscila e Áquila a respeito do batismo de Jesus. A Bíblia diz que a simpática Priscila e seu marido Áquila, ao ouvirem a palavra de Apolo, “o levaram para a casa deles e lhe explicaram melhor o Caminho de Deus” (18.26). Foi esse casal que atualizou Apolo no que diz respeito ao Pentecostes. O reparo não foi feito em público, mas em particular, dentro das quatro paredes da casa de Áquila, portanto, de forma discreta e reservada.
A cabeça cheia de altos conhecimentos acadêmicos pode tornar o pregador ou o teólogo arrogante e fechado para qualquer crítica. Nem Apolo nem Paulo eram assim. Paulo não se sentiu humilhado quando os crentes de Bereia só aceitaram o seu ensino depois de conferir em casa se o que apóstolo dizia era mesmo verdade de acordo com as Escrituras (17.11). Ao contrário, Paulo os elogiou por isso.
Deve ter sido difícil para Paulo fazer o que Priscila e Áquila haviam feito, quando ele foi obrigado, a bem do evangelho, a contestar Pedro em público, por ele estar “completamente errado” ao querer “obrigar os não judeus a viverem como judeus” (Gl 2.11-14). Neste caso, o assunto foi tratado em público e não reservadamente, por causa do envolvimento de muitas pessoas e por causa da projeção de Pedro.
É bem possível que Apolo conhecesse o provérbio: “O orgulhoso será logo humilhado; mas com os humildes está a sabedoria” (Pv 11.2).
Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
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