José e Maria, fugindo de Belém e buscando refúgio no Egito, escapam por pouco de um massacre. As forças de Herodes se voltam contra as crianças de Belém. Os corações de José e Maria estão aflitos. Não conhecem a estrada, muito menos o que a vida lhes reserva além da fronteira, mas seguem adiante, confiados na orientação de Deus. Sabem que, ainda que o pior aconteça, Deus estará com eles.
José e Maria encarnam a angústia de todos os refugiados deste mundo, todos os que têm a vida a preço, caçados nas matas e desertos, vivendo no provisório das barracas e dos campos de refugiados, passando pelos olhares desconfiados dos guardas de fronteira e das pessoas que olham de soslaio das frestas e janelas das casas por onde passam. Deus tem um carinho todo especial pelos refugiados deste mundo, Seu Filho amado também foi um refugiado, um perseguido político, alvo da ira dos homens.
Há tantos refugiados de guerra por este mundo afora. Cada grito de dor, cada choro abafado é uma súplica que chega aos ouvidos de Deus.
Deus, que o Senhor ouça esses gritos e console aqueles que têm que abandonar seus lares e aqueles que nem têm mais lar para abandonar. Amém.
Autores: Gladir Cabral e João Leonel
Originalmente publicado em O Menino e o Reino (Editora Ultimato).
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